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Se sou mais que uma pedra ou uma planta? Não sei. Sou diferente. Não sei o que é mais ou menos (Fernando Pessoa - Poemas Inconjuntos)
Andava há uns dias para escolher mais um livro a ler. Peguei em 2, que após a leitura das primeiras páginas depressa abandonei.
Encontrei este, perdido no meio de tantos outros que estão na estante (e eu não li).
As criticas são boas, ontem li uns 3 capítulos e parece promissor.
Uff, finalmente terminei este livro.
Digo finalmente porque demorei mais do que estava à espera. Ok, é um livro grande (584 páginas) mas noutros tempos teria sido livro para, no máximo, umas duas semanas.
Mas encaremos os factos: tenho pouco tempo "útil" para ler (tempo útil = tempo para ler sem ser interrompida).
Impressões: gostei, os capítulos alternam entre a história de Brites e das restantes personagens (D. Fernando, D. Leonor, D. Beatriz, ...), tem uma escrita relativamente fácil e que prende. As expressões usadas na época, os usos e costumes, por vezes chocam, outras vezes dão-nos um sorriso.
Devido aos meus parcos conhecimentos em história, mais para o final fiquei algo baralhada com as personagens (isto de a nobreza ter pouco empenho para a escolha de nomes diferentes uns dos outros... ), mas a autora, no inicio do livro, coloca uma árvore genealógica de Beatriz I e Beatriz II, o que ajuda a seguir o rumo da história.
O próximo livro já está escolhido (e iniciado) - Padeira de Aljubarrota, de Maria João Lopo de Carvalho.
Este foi um acaso, no Continente estavam alguns livros com 50% de desconto imediato, fui espreitar os títulos e vejo este, que me parece corresponder a um dos meus objectivos de 2017: ler romances históricos.
Uma história de amor, traição e coragem em tempos de crise.
Muitas histórias correram sobre a humilde mulher que, em 1385, numa aldeia perto de Alcobaça, pôs a sua extrema força e valentia ao serviço da causa nacional, ajudando assim a assegurar a independência do reino, então seriamente ameaçada por Castela. É nos seus lendários feitos e peripécias, contados e acrescentados ao longo dos tempos, que se baseia este romance, onde as intrigas da corte e os tímidos passos da rainha-infanta D. Beatriz de Portugal se cruzam com os caminhos da prodigiosa padeira de Aljubarrota, Brites de Almeida, símbolo máximo da resiliência e bravura de todo um povo.
E num espaço de apenas uma semana, lá terminei a novela de Camilo.
Gostei bastante, apesar de algumas palavras e frases mais "complicadas", devido ao estilo de escrita e português da época em que foi escrito.
Também a maneira como descreve as personagens, a tragédia amorosa que não é estranha nos livros de Camilo Castelo Branco (pelo menos nos que já li), a sátira que faz à sociedade, enfim, gostei bastante do livro.
Para quem quiser ler, parece que este livro (e outros de Camilo) está disponível para download em diversas plataformas.
Depois de ler nos blogs diariodeleituras e livroseoutrasmanias referências a um livro de Camilo Castelo Branco, fiquei com vontade de reler este autor português.
Fui à biblioteca do meu pai, onde consta uma colecção do Circulo de Leitores dedicada ao autor (24 volumes). Da colecção não consta o livro abordado nos blogs que citei ("O Que Fazem Mulheres"), portanto agarrei noutro, um pouco ao acaso (desta colecção li uns 3 livros, penso eu).
Escolhi o livro “Onde está a felicidade”, romance publicado em 1856.
Primeiras impressões: já me tinha esquecido de como pode ser engraçado e difícil a leitura de clássicos da literatura portuguesa. Camilo tem uma escrita mordaz, sarcástica, romântica mas, ao mesmo tempo, os termos utilizados e as características da escrita, adequada à época dele, podem não ser fáceis na actualidade.
Deixo um “cheirinho” de uma das primeiras páginas. Atentem na descrição feita ao assassínio do Fidalgo da Bandeirinha…um "mimo"!
Terminei ontem a leitura deste livro.
Sinceramente o tipo de escrita não me prendeu (ou eu estaria muito enferrujada na leitura), muitas descrições um tanto forçadas (demasiados adjectivos "complicados", metáforas e outras figuras de estilo). A descrição do xadrez também não me seduziu por aí além (mas aqui me confesso, não jogo xadrez e apenas conheço as regras básicas do jogo).
Li o livro com alguma "pressa", queria chegar ao final e descobrir quem era o assassino. No entanto, alguns parágrafos foram lidos "por alto"...
Pontos positivos: o suspense mantém-se quase até ao fim (pelo menos eu não descobri o assassino sem que o autor mo revelasse), fiquei com vontade de pesquisar sobre alguns quadros abordados no livro, o tema arte é um tema que quero explorar mais.
Para inicio do objectivo "1livropormês" fui à estante lá de casa e procurei um livro de um autor que já tivesse lido e gostado. Também queria fugir um pouco aos temas maçónicos e religiosos, que tinham pautado as minhas últimas leituras.
Escolhi "A Tábua de Flandres", do Arturo Pérez-Reverte, um dos primeiros títulos deste autor (La tabla de Flandes, de 1990).
Dele já li A Rainha do Sul" (La Reina del Sur (2002)) e "O Cemitério dos Barcos sem Nome" (La carta esférica (2000)), dos quais gostei bastante.
Como primeira análise, parece-me um livro um pouco mais ligeiro do que os que li anteriormente, o enredo é interessante mas não me está a "prender". No entanto, lê-se bem e não deixa de ter alguns pontos de interesse (aprende-se sempre algo com um livro).