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Se sou mais que uma pedra ou uma planta? Não sei. Sou diferente. Não sei o que é mais ou menos (Fernando Pessoa - Poemas Inconjuntos)

Cantado por Camané, letra de Manuela de Freitas.
Gostei da letra, da forma como é cantada, do ritmo da musica...

O meu contacto com o fado também é uma história de acasos...

Primeiro, alguém que me apresentou o fado, mas numa altura da minha adolescência em que o encarei como "música de velhos"... no entanto, quem me apresentou estes ritmos era alguém por quem nutria bons sentimentos, portanto não parti para a descrença imediata.
Segundo, um carro velhinho (peugeot 5) cujo rádio avaria e passa a só captar a emissora AM, nomeadamente a antena 1, rádio renascença e uma outra que não me recordo... apartir dai criei um gosto pela Antena 1 e pelo fado, que passei a apreciar pela musicalidade, ritmo e letras.

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Partis-te sem dizer adeus nem nada
Fingiste a culpa era toda minha
Disseste que eu tinha a vida estragada
E eu gritei-te da escada que fosses morrer sozinha


Voltaste e nem desculpa pediste
Perguntaste porque é que eu tinha chorado
Não respondi, mas quando vi que sorriste
Eu disse que estava triste porque tu tinhas voltado


Zangada esvaziaste o meu armario
E em nada ficou meu disco preferido
De raiva rasguei o teu diario, virei teu saco ao contrário, dei-te cabo do vestido
Queimaste o meu jantar favorito
Deixaste o meu champanhe azedar
E quando cozinhei o piriquito para abafar o teu grito, eu começei a cantar...


Fumavas e eu nem suportava o cheiro
Teimavas em me acender um cigarro
E quando tu me ofereceste um isqueiro
Atirei-te com o cinzeiro, escondi as chaves do carro
Não queria que visses televisão em dia de jogos de portugal
Torcias contra a nossa seleçao, se eu via um filme de acçao tu mudavas de canal

Tu querias que eu fosse contigo ao bar
Só ias se eu nao entrasse contigo
Sai-a pra nao ter de te aturar, tu ficavas a dançar com o meu melhor amigo
Gozavas porque eu nao queria beber
Ralhavas ao ver-me de grao na asa
Eu ia a festa sem te dizer, nunca cheguei a saber, se tu ficavas em casa


Tu deste ao porteiro roupa minha
Soubeste que lhe dera o teu roupao
Eu dei o teu anel á vizinha pela estima que lhe tinha
Ofereceste-lhe o meu cão
Foste lendo o teu romançe de amor
Sabendo que eu nao gostava da historia
No dia de o mandares para o editor, fui ao teu computador
Apaguei-o da memoria.
Se cozinhasvas eu jantava sempre fora
Juravas que eu havia de paga-las
Aqui na rua dizas-me a toda a hora que quando eu me fui embora
Tu ficaste-me com as malas
Depois desses anos infernais
Os dois eramos caso arrumado
Achando que também era de mais
Juramos pra nunca mais, foi cada um pra seu lado.


No escuro tu insiste que eu nao presto
Eu juro que falta a parte melhor
O beijo acaba com o teu protesto, amanha conto-te o resto
Boa noite meu amor!

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