Saltar para: Posts [1], Pesquisa e Arquivos [2]

Se sou mais que uma pedra ou uma planta? Não sei. Sou diferente. Não sei o que é mais ou menos (Fernando Pessoa - Poemas Inconjuntos)

Se te amo? Sim, sei que sim...
é contigo que sonho,
é o teu toque que espero
(mas por vezes é com ele que desespero)

Não sei o que tenho
apenas sei que algo se quebrou
foi o tempo, foi a vida,
mas nada de concreto se passou

espero por ti, pelo teu corpo, pelo teu calor
mas ao mesmo tempo retraio-me, fujo, finjo que durmo
(que incongruência, eu sei)

Vamos tentar?
Voltar a namorar, falar, partilhar
às vezes é só isso que falta
para que voltemos à ribalta
do inicio do nosso amor



Autoria e outros dados (tags, etc)

22
Jan16
Se há algo que o sol nos dá
se há algo que a lua nos lembra
é que o tempo passa
e com ele fica-nos marcado na pele
a palavra saudade

É uma marca que ninguém vê
mas todos sentem
e nela assentam
momentos de melancolia
tristeza, força ou alegria

Porque a saudade não é só mágoa
não é só dor
não é só tristeza do que passou

A saudade trás esperança
experiência, fé e sabor
[o sabor das mini broas]

Sim, confesso que sinto saudades
de ser pequena, dos meus verões
do que passou e já não vai passar

dos momentos, emoções
que me fizeram ser hoje o que sou
mas que me dão mágoa por terem acabado
principalmente do modo como foi.


Autoria e outros dados (tags, etc)

04
Jan16
Hoje dei-me conta de que o meu perfil do blogger tem uma citação (há bastante tempo que não visitava esta ferramenta):

Em todas as almas há coisas secretas cujo segredo é guardado até à morte delas (Mário Sá-Carneiro)

Frase que dá que pensar, por ser verdadeira e se aplicar, genericamente, a todos nós.
Por muito que não queiramos, há sempre algo escondido dos outros, seja um raio de sol ou uma sombra escura.

Autoria e outros dados (tags, etc)

09
Fev12
Chamava-se Mimi e era amiga da pequenita… apesar de não o saber muito bem, aquele pequeno ser de duas patas, que falava talvez um pouco alto demais, fazia-lhe uma falta tremenda… quanto mais não fosse, pela oportunidade que era meter-se com alguém cujas defesas eram um pouco menores do que a outra, também de duas patas mas um pouco (muito) maior!

No entanto, a Mimi tinha escolhido como ser de eleição a tal que era maior, talvez porque o seu colo era mais calmo, talvez porque sabia muito bem onde ela gostava de ser acariciada (e com que intensidade, nem muito nem pouco….)

Naquela casa que era sua (assim pensava) havia ainda outro morador, ainda maior, também de duas patas mas cujo semblante não lhe oferecia grandes amizades.

Assim vivia Mimi, derretia o coração da do meio, às vezes partia o da mais pequena e no grande…pois, no grande não conseguia penetrar (assim parecia).

Um dia a Mimi resolveu trocar de amores: apaixonou-se pela pequenita (que afinal até era aquela que lhe dava mais comida), zangou-se com a do meio (que ideia era aquela, de repente a barriga deu em crescer e parecia que já não havia colo suficiente) e ao grande, bem, ao grande continuava a oferecer o seu maior desprezo, rabo no ar, focinho para o alto e nem um ron-ron lhe fazia (para a próxima ele que não diga que o ronronar lhe parece ameaçador ou lhe faz tremer os interiores, ele que espere até ouvir o meu miar mais ameaçador para ver como é!).

Chamava-se Mimi e era uma gata tartaruga, rebelde quanto baste e a rainha imaginária de um castelo que teimava em não estar pronto.

Autoria e outros dados (tags, etc)

É sabido que à noite temos ideias fantásticas…
E também é sabido que essas ideias nem sempre são executáveis (ou mesmo minimamente realizáveis).
Mas ontem tive muito mais do que uma ideia, tive uma verdadeira epifania:

Porque está a minha vida profissional tão moribunda?
Porque me sinto tão procrastinante?

…devido, tão-somente e apenas, à falta de criatividade, ambição, mudança…

A criatividade no trabalho está equivalente a uma folha cinzenta
Para o futuro não antevejo qualquer progresso (logo a ambição está mais baixa do que a maioria das contas bancárias)
O estilo, registo, hábito e atitudes mantêm-se desde à uns anos para cá.

Estas são, segundo creio, as bases sobre as quais necessito de intervir. Sempre pensei em escrever algo, produzir algo manualmente e produzir-me fisicamente. Mas nunca me predispus à mudança necessária, de forma coerente e constante. Será este o momento?


Autoria e outros dados (tags, etc)

Às vezes acho que sou um bicho-do-mato... vejamos:

- Não gosto de futebol (coisa feia da minha parte), desporto sem sentido, que obtusa as pessoas... parece uma anestesia, enquanto se anda entretido no futebolês, o cidadão comum esquece a cidadania, esquece a política, ambiente, relações, etecetera e tal… e porquê? Para quê? Porquê as discussões, palavrões, qual o sentido?

- Por falar em palavrões, não gosto de palavrões, aqueles feios, que se dizem como desabafo, sem pensar… talvez, dir-me-ão, o feio seja resultado da sociedade (as palavras poderiam ser outras, mas se lhe déssemos uma conotação pejorativa, seriam sempre feias). È certo e reconheço a validade desse argumento, mas no meu intimo os palavrões são palavras que me agridem (não pessoal ou individualmente), portanto não os digo e não os gosto de ouvir (às vezes parece que há quem pense que é snob, culto, inteligente e tal as dizer mas, por favor….).

- Acho a tourada uma coisa sem sentido, faz-me lembrar os gladiadores de outrora (ou os senhores que gostavam de ver os seus escravos a serem castigados). Prazer em ver sangue, em ver quem não tem alternativa a sofrer?

- Não ligo aos artigos muito luxuosos, às marcas (para mulher, este ponto acaba por ser um handicap, pois faz-me andar demodé, o que não deixa de ter os seus inconvenientes hoje em dia). Mas quando x me diz que comprou um relógio xpto, y fala em mais um par de botas ou sapatos e z só olha para aqueles bolides luxuosos, com cara de “ahhhh” (grande suspiro acompanhado com ar de apalermado), não consigo deixar de pensar: e qual a importância disso?

Autoria e outros dados (tags, etc)

E se, de repente, descobrisse-mos que estamos condenados à nossa vida actual porque, aquela que servia de escape, se tornou num sapo ao invés de um príncipe?

É um facto, a nossa imaginação engana-nos, ilude-nos com imagens criadas sabe-se lá onde e, quando acordamos, enfrentamos a realidade e pum pam pim, temos de viver com ela, nesse momento concluímos que foi tudo uma perca de tempo (ou foi o tempo que nos perdeu algures e só agora encontrámos o caminho de regresso a casa?)

Tenho pena de quem evoluiu num percurso tão diferente daquele para o qual estava talhado… é como se não tivesse cumprido o destino, seguiu por uma lateral (ou um atalho mal calculado) ao invés da via principal que conduzia ao lugar certo. Ou será que, mais uma vez, o tempo fez das suas e tudo apenas está atrasado, o certo vai-se cumprir mais tarde, o errado são apenas uns minutos perdidos de um dia que mal começou e ainda vai dar que falar?

Autoria e outros dados (tags, etc)

20
Set10
A maioria das pessoas facilmente afirma “quem me dera poder voltar atrás”!

Para mim, voltar atrás não faria sentido se não pudesse a) voltar com os conhecimentos actuais, com a maturidade que tenho hoje e b) regressar ao ponto de partida a qualquer momento, pois a vida que tenho é, devo reconhecê-lo, feliz e compensadora.

Para mim o ideal seria desdobrar-me… duas de mim, que pudessem seguir vidas opostas, a que tenho e aquela que julgo que não me importaria de ter, aquela vida em que sou mais livre, mais eu, aquela vida em que a minha moral não me impedisse de perseguir os meus sonhos, sem complexos, sem medos, sem vergonhas (ou, pelo menos, em que estes fossem num nível mínimo, o suficiente para não me considerarem demasiado louca).

Autoria e outros dados (tags, etc)

17
Set10
Desde sempre que me lembro de ter na escrita um escape. Posso até passar anos sem escrever, mas quando me sinto em baixo, mais perdida ou simplesmente com as minhas dúvidas existenciais, é na escrita que encontro um consolo, uma forma de desabafar (mas mesmo assim sempre com uma caneta vermelha mental, que corta o que parece ser mais critico de ser materializado).


--------------------- Então o que me impele a escrever hoje? --------------------

Às vezes não sei se sou feliz, se vivo o meu presente ou o presente de outros. Na realidade, aquilo que me impede é um sonho, que vai e vem como as marés, às vezes fica no canto do pó, outras surge no zénite ao meio-dia. Quando penso que esse sonho está enterrado, adormeço e lá vem ele, pezinhos de veludo, toc toc de mansinho, entra sem eu ter tempo de abrir a porta, instala-se e fica presente (sem ser presente)!

Sei que a felicidade não se encontra em causas externas, mas somente no nosso miolo. Sei que tenho tudo, uma boa vida, sem demasiados luxos mas não tão paupérrima que justifique sequer um pequeno suspiro.

Sei que quem me rodeia, regra geral, está comigo e não contra mim…

A vida tem-me sido generosa, talvez em parte por não exigir demasiado dela, por aceitar o que surge, pensando sempre que um dia, aquilo que quero/desejo virá, nem que seja quando fechar os olhos e voar!

(Leonardo da Vinci - Study of an Angel)

Autoria e outros dados (tags, etc)

13
Set10
Sou acometida frequentemente por inspirações nocturnas.... à noite tudo parece fazer sentido, as ideias que tenho parecem mais do que fenomenais (uau, como é que ainda não tinha pensado nisso?)


As últimas que tive davam conta:

- de uma estratégia para estudar diariamente todos aqueles assuntos que deveria saber na ponta da língua mas que, por algum motivo, não os sei…
- da forma fácil como iria cumprir o meu objectivo de recuperar a elegância perdida da minha adolescência (ou algo parecido)

Quando chego à parte da implementação, deparo-me com forças externas, que à luz do sol parecem mais fortes, a puxarem (ou empurrarem, que é imensamente mais fácil) noutro sentido… seja as vozes que só fazem desmoralizar, seja os equipamentos informáticos que não participam, seja a mão que oferece uma alternativa menos saudável ao meu objectivo primeiro! Com tudo isto as forças internas, que já bichanavam no sentido oposto ao meu desejo, ganham força, ganham corpo e conduzem-me novamente para aquele nível pré-inspiração, levam a que o ciclo se reinicie, com mais ou menos força ou paixão…


Se sou fraca, talvez o seja, sinto-me várias vezes uma miúda pequena e não uma mulher com M grande! O que me falta para crescer, no íntimo até sei, é somente a minha força interna que tem de furar através da capa de menina indefesa, fazer esse m pequenino ganhar altura suficiente para ultrapassar todos aqueles M’s e H’s que insistem em ensombrarem o meu!


Um dia ainda vou ganhar coragem para dizer tudo o que penso e sinto de forma honesta, sem meias palavras ou palavras e meia…

Autoria e outros dados (tags, etc)


Mais sobre mim

foto do autor




Pesquisar

  Pesquisar no Blog