Saltar para: Posts [1], Pesquisa e Arquivos [2]

Se sou mais que uma pedra ou uma planta? Não sei. Sou diferente. Não sei o que é mais ou menos (Fernando Pessoa - Poemas Inconjuntos)

Andava há uns dias para escolher mais um livro a ler. Peguei em 2, que após a leitura das primeiras páginas depressa abandonei.

Encontrei este, perdido no meio de tantos outros que estão na estante (e eu não li).

As criticas são boas, ontem li uns 3 capítulos e parece promissor. 

 

 

 

Autoria e outros dados (tags, etc)

Uff, finalmente terminei este livro.

Digo finalmente porque demorei mais do que estava à espera. Ok, é um livro grande (584 páginas) mas noutros tempos teria sido livro para, no máximo, umas duas semanas.

Mas encaremos os factos: tenho pouco tempo "útil" para ler (tempo útil = tempo para ler sem ser interrompida).

Impressões: gostei, os capítulos alternam entre a história de Brites e das restantes personagens (D. Fernando, D. Leonor, D. Beatriz, ...), tem uma escrita relativamente fácil e que prende. As expressões usadas na época, os usos e costumes, por vezes chocam, outras vezes dão-nos um sorriso.

Devido aos meus parcos conhecimentos em história, mais para o final fiquei algo baralhada com  as personagens (isto de a nobreza ter pouco empenho para a escolha de nomes diferentes uns dos outros...  ),  mas a autora, no inicio do livro, coloca uma árvore genealógica de Beatriz I e  Beatriz II, o que ajuda a seguir o rumo da história.

 

 

Autoria e outros dados (tags, etc)

10
Fev17

Ontem estive num local onde estava exposto um quadro, algo perturbador: uma mulher, cujos pés apontavam para a direita, as costas igualmente para a direita, a cabeça estava virada para a esquerda. Atrás das costas (ou seria à frente do peito?) as mãos, que seguravam o que me pareceu um cálice e uma hóstia.

Disse-me a proprietária do quadro que aquela era uma cópia de uma obra (ou parte de uma obra) de Paula Rego, feita por utentes de uma associação de deficiência mental.

Tentei encontrar o original na internet, sem sucesso. Mas encontrei alguns outros que me chamaram a atenção. E fiquei cheia de vontade de visitar ao vivo uma exposição desta artista!

Tríptico (Série “Aborto”). 1997-1999

 

Anjo, 1998

A filha do polícia, 1987

 

Autoria e outros dados (tags, etc)

 

Para 2017 tinha estabelecido o objectivo de visitar um museu por mês (não seria bem um por mês, mas um de dois em dois meses). Infelizmente o tempo frio trouxe umas mazelas lá por casa (constipações/gripes, que passam do pai para os filhos, atacando a mãe ao de leve – felizmente, pois se a mãe cai de cama é que é bonito!)

Não tendo ainda conseguido visitar nenhum museu “ao vivo”, pesquisei sobre a existência de museus virtuais (já sei que não é a mesma coisa…). E lá fui eu ao Vaticano, visitar a Capela Sistina.

A vantagem deste tipo de visita é que podemos apreciar os frescos de um modo mais confortável, ampliando e aproximando com um simples movimento do rato.

 

A Capela Sistina foi construída entre 1473 e 1481,durante o mandato do Papa Sisto IV, a quem deve seu nome. O arquitecto encarregado da construção foi Giovanni de Dolci. No entanto, esta é mais conhecida pelos frescos que cobrem totalmente as paredes e o tecto, elaborados por vários artistas, entre os quais se destacam Botticelli, Perugino, Luca e Michelangelo.

Michelangelo demorou 4 anos a pintar o tecto, com uma representação das nove cenas do Génesis

 

 tendo demorado outros 5 anos para pintar o “Juízo Final”, que cobre o altar mor (obra realizada mais tarde, a pedido do papa Clemente VII)

 

A arte e a história que acompanham a Capela Sistina merecem sem dúvida um estudo mais aprofundado. 

 

Autoria e outros dados (tags, etc)

O próximo livro já está escolhido (e iniciado) - Padeira de Aljubarrota, de Maria João Lopo de Carvalho.

Este foi um acaso, no Continente estavam alguns livros com 50% de desconto imediato, fui espreitar os títulos e vejo este, que me parece corresponder a um dos meus objectivos de 2017: ler romances históricos.

Uma história de amor, traição e coragem em tempos de crise.
Muitas histórias correram sobre a humilde mulher que, em 1385, numa aldeia perto de Alcobaça, pôs a sua extrema força e valentia ao serviço da causa nacional, ajudando assim a assegurar a independência do reino, então seriamente ameaçada por Castela. É nos seus lendários feitos e peripécias, contados e acrescentados ao longo dos tempos, que se baseia este romance, onde as intrigas da corte e os tímidos passos da rainha-infanta D. Beatriz de Portugal se cruzam com os caminhos da prodigiosa padeira de Aljubarrota, Brites de Almeida, símbolo máximo da resiliência e bravura de todo um povo.

 

Autoria e outros dados (tags, etc)

E num espaço de apenas uma semana, lá terminei a novela de Camilo.

 Gostei bastante, apesar de algumas palavras e frases mais "complicadas", devido ao estilo de escrita e português da época em que foi escrito.

Também a maneira como descreve as personagens, a tragédia amorosa que não é estranha nos livros de Camilo Castelo Branco (pelo menos nos que já li), a sátira que faz à sociedade, enfim, gostei bastante do livro. 

 

Para quem quiser ler, parece que este livro (e outros de Camilo) está disponível para download em diversas plataformas. 

 

 

 

Autoria e outros dados (tags, etc)

Ler faz-nos viajar mas também nos permite aprender.

Ontem, uma passagem do livro “Onde está a felicidade” fez-me ir pesquisar sobre O Desastre da Ponte das Barcas, um episódio da nossa história que eu desconhecia.

 

O medo das tropas francesas empurrou milhares de pessoas do Porto para o rio Douro, que tentaram atravessar utilizando uma ponte construída sobre barcas. Com o peso da multidão esta cedeu tendo morrido cerca de quatro mil pessoas.

Em 29 de Março de 1809, durante a segunda Invasão Francesa, o marechal francês Soult entrou de forma inesperada na cidade do Porto.

A população assustada tentou cruzar o rio para a outra margem com o objetivo de criar alguma distância em relação aos invasores.

Precipitaram-se para uma ponte do Douro, construída sobre uma vintena de barcas que acabou por ceder arrastando as pessoas para o rio. Calcula-se que tenham morrido cerca de quatro mil pessoas.”

 

Quem more no Porto provavelmente irá revirar os olhos ao ler estas linhas, pois até existe um monumento que homenageia as cerca de 4mil vítimas do acidente (inaugurado em 2009 pelo então Presidente da Républica, Anibal Cavaco Silva).

O monumento é da autoria do arquiteto Souto Moura, que colocou grandes peças metálicas junto aos locais onde se procedia à amarração das cordas que prendiam as barcas que constituíam a ponte.

Quase no extremo do muro da Ribeira, um baixo relevo do escultor Teixeira Lopes relembra a morte das centenas de pessoas que, para fugir às tropas de Soult, se precipitaram para a Ponte das Barcas, provocando o seu afundamento. A população local mantém, com velas acesas, a memória da tragédia.

 

 

 

Claro que os pintores da época também retrataram essa tragédia 

 

Nota: a ponte das barcas era um projecto de engenharia de Carlos Amarante. Era constituída por vinte barcaças ligadas por cabos de aço e, na altura, era a única que permitia atravessar o rio. Quando as tropas francesas do general Soult entraram na cidade, a população, em pânico, tentou a fuga para Gaia, mas a ponte não aguentou. Foi mais tarde refeita, mas só em 1843 foi inaugurada a nova ponte pênsil, que a substituiu.

Autoria e outros dados (tags, etc)

Depois de ler nos blogs diariodeleituras e livroseoutrasmanias referências a um livro de Camilo Castelo Branco, fiquei com vontade de reler este autor português.

Fui à biblioteca do meu pai, onde consta uma colecção do Circulo de Leitores dedicada ao autor (24 volumes). Da colecção não consta o livro abordado nos blogs que citei ("O Que Fazem Mulheres"), portanto agarrei noutro, um pouco ao acaso (desta colecção li uns 3 livros, penso eu).

Escolhi o livro “Onde está a felicidade”, romance publicado em 1856. 

 

Primeiras impressões: já me tinha esquecido de como pode ser engraçado e difícil a leitura de clássicos da literatura portuguesa. Camilo tem uma escrita mordaz, sarcástica, romântica mas, ao mesmo tempo, os termos utilizados e as características da escrita, adequada à época dele, podem não ser fáceis na actualidade.

Deixo um “cheirinho” de uma das primeiras páginas. Atentem na descrição feita ao assassínio do Fidalgo da Bandeirinha…um "mimo"!  

 

 

 

Autoria e outros dados (tags, etc)

Terminei ontem a leitura deste livro. 

Sinceramente o tipo de escrita não me prendeu (ou eu estaria muito enferrujada na leitura), muitas descrições um tanto forçadas (demasiados adjectivos "complicados", metáforas e outras figuras de estilo). A descrição do xadrez também não me seduziu por aí além (mas aqui me confesso, não jogo xadrez e apenas conheço as regras básicas do jogo). 

Li o livro com alguma "pressa", queria chegar ao final e descobrir quem era o assassino. No entanto, alguns parágrafos foram lidos "por alto"... 

Pontos positivos: o suspense mantém-se quase até ao fim (pelo menos eu não descobri o assassino sem que o autor mo revelasse), fiquei com vontade de pesquisar sobre alguns quadros abordados no livro, o tema arte é um tema que quero explorar mais.

Autoria e outros dados (tags, etc)

 

 A tela "Cabeça" (tela sobre óleo) não é, na verdade, apenas uma, mas sim um cunjunto de estudos que o autor fez, provavelmente entre 1913 e 1915.

Ao que parece, temos aqui uma ponte entre dois estilos, Expressionismo e Cubismo, com uma "memória de Picasso".

Na primeira que apresento as cores são usadas mais como indicações de planos construtivos, já na segunda são usadas para criar volumes.

A inclinação da cabeça, um certo esgar, expressão dada a estes rostos, dão um carácter melancólico e sobrio/sofrido a estes rostos.

 

 

Estas obras (e respectiva análise) estão no Museu de Arte Contemporânea

Autoria e outros dados (tags, etc)


Mais sobre mim

foto do autor




Pesquisar

  Pesquisar no Blog