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Se sou mais que uma pedra ou uma planta? Não sei. Sou diferente. Não sei o que é mais ou menos (Fernando Pessoa - Poemas Inconjuntos)
Depois de ler nos blogs diariodeleituras e livroseoutrasmanias referências a um livro de Camilo Castelo Branco, fiquei com vontade de reler este autor português.
Fui à biblioteca do meu pai, onde consta uma colecção do Circulo de Leitores dedicada ao autor (24 volumes). Da colecção não consta o livro abordado nos blogs que citei ("O Que Fazem Mulheres"), portanto agarrei noutro, um pouco ao acaso (desta colecção li uns 3 livros, penso eu).
Escolhi o livro “Onde está a felicidade”, romance publicado em 1856.
Primeiras impressões: já me tinha esquecido de como pode ser engraçado e difícil a leitura de clássicos da literatura portuguesa. Camilo tem uma escrita mordaz, sarcástica, romântica mas, ao mesmo tempo, os termos utilizados e as características da escrita, adequada à época dele, podem não ser fáceis na actualidade.
Deixo um “cheirinho” de uma das primeiras páginas. Atentem na descrição feita ao assassínio do Fidalgo da Bandeirinha…um "mimo"!
Terminei ontem a leitura deste livro.
Sinceramente o tipo de escrita não me prendeu (ou eu estaria muito enferrujada na leitura), muitas descrições um tanto forçadas (demasiados adjectivos "complicados", metáforas e outras figuras de estilo). A descrição do xadrez também não me seduziu por aí além (mas aqui me confesso, não jogo xadrez e apenas conheço as regras básicas do jogo).
Li o livro com alguma "pressa", queria chegar ao final e descobrir quem era o assassino. No entanto, alguns parágrafos foram lidos "por alto"...
Pontos positivos: o suspense mantém-se quase até ao fim (pelo menos eu não descobri o assassino sem que o autor mo revelasse), fiquei com vontade de pesquisar sobre alguns quadros abordados no livro, o tema arte é um tema que quero explorar mais.