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Se sou mais que uma pedra ou uma planta? Não sei. Sou diferente. Não sei o que é mais ou menos (Fernando Pessoa - Poemas Inconjuntos)


09
Fev12
Chamava-se Mimi e era amiga da pequenita… apesar de não o saber muito bem, aquele pequeno ser de duas patas, que falava talvez um pouco alto demais, fazia-lhe uma falta tremenda… quanto mais não fosse, pela oportunidade que era meter-se com alguém cujas defesas eram um pouco menores do que a outra, também de duas patas mas um pouco (muito) maior!

No entanto, a Mimi tinha escolhido como ser de eleição a tal que era maior, talvez porque o seu colo era mais calmo, talvez porque sabia muito bem onde ela gostava de ser acariciada (e com que intensidade, nem muito nem pouco….)

Naquela casa que era sua (assim pensava) havia ainda outro morador, ainda maior, também de duas patas mas cujo semblante não lhe oferecia grandes amizades.

Assim vivia Mimi, derretia o coração da do meio, às vezes partia o da mais pequena e no grande…pois, no grande não conseguia penetrar (assim parecia).

Um dia a Mimi resolveu trocar de amores: apaixonou-se pela pequenita (que afinal até era aquela que lhe dava mais comida), zangou-se com a do meio (que ideia era aquela, de repente a barriga deu em crescer e parecia que já não havia colo suficiente) e ao grande, bem, ao grande continuava a oferecer o seu maior desprezo, rabo no ar, focinho para o alto e nem um ron-ron lhe fazia (para a próxima ele que não diga que o ronronar lhe parece ameaçador ou lhe faz tremer os interiores, ele que espere até ouvir o meu miar mais ameaçador para ver como é!).

Chamava-se Mimi e era uma gata tartaruga, rebelde quanto baste e a rainha imaginária de um castelo que teimava em não estar pronto.

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